Você que tem acompanhado nosso blog deve
estar se perguntando: O que aconteceu com a mala perdida? ( Se ainda não leu, leia no link abaixo )
Bom... Antes de saberem sobre a mala, quero contar um pouquinho de como foi nossa primeira
semana na Mongólia.
No avião já víamos pela janela um pouquinho daquilo que nos esperava nas terras Mongóis. Conseguimos
observar montanhas cobertas por neve, alguns povoados e rios congelados. Nosso
coração batia acelerado, ( como não relembrar do momento que chegamos em
Guiné-Bissau... claro que era completamente diferente, lá chegamos à noite e
não conseguíamos ver luzes pela cidade ), no entanto, a emoção era muito
parecida com uma “pequena” diferença, em Guiné o calor era escaldante e agora na
Mongólia o Frio Congelante.
Após nos encontramos com a Cleidi e o Bazarsad ( advogado da Missão ), eles nos ajudaram com as malas que restaram, quando saíamos, a Cleidi nos deu alguns casacos bem grandes e pesados ( no momento pensei que era um pouco de exagero, pois, já estávamos com 2 calças, 2 meias, 2 camisas e mais um casaco ), mas, ao passar pela porta... Nossa! Aquilo não era frio, era um congelador, algo que nunca tínhamos sentido na vida, parecia que o nariz, orelhas, braços iam cair do corpo de tão congelante que estava ( - 23° ).
Alguém sabe o que é isto?
Nosso alívio veio ao entrar no carro, saímos e
fomos em direção ao centro da capital, tudo era novidade para nós, a paisagem,
as construções, a língua ( ouvimos o Bazarsad falando em mongol pelo
telefone, parecia sons inexprimíveis ), pensei pela 1ª vez: “Como vou viver
neste lugar por 5 anos com esse idioma?” Muitas vezes as primeiras impressões
são assustadoras.
Fomos levados então para a Guest House da
Missão ( Casa de Visitas ), onde ficaríamos até o domingo quando o apartamento
onde moraríamos ficaria pronto. Lá encontramos alguns quitutes de boas-vindas.
O quarto era muito agradável e confortável ( quem sabe você tenha a
oportunidade de conhece-lo também ).
Nesta nossa primeira semana fomos apresentados
a Purev ( Departamental do Ministério da Mulher, Criança e Adolescente ), ela que tão gentilmente nos levou para conhecer alguns lugares como:
mercados, lojas e restaurantes ( nosso primeiro desafio para usar o pouco de
inglês que possuíamos, é claro que eu principalmente usei muita mímica
também... kkkkk ). Neste período deu mais tempo de verificar que realmente o mongol
é um idioma difícil e diferente de tudo aquilo que eu já tinha ouvido na minha
vida, no entanto, as pessoas estavam sendo muito educadas e pacientes conosco.
Uma coisa que nos apaixonamos logo ao chegarmos
foi com as crianças Mongóis, que crianças lindas, fofas e com bochechas enormes
e os olhinhos tão puxadinhos. Quero deixar registrado aqui que as fotos que
vemos na internet não fazem jus a beleza dos Mongóis, são um povo com traços
fortes e muito bonitos.
Durante a semana o Pr. Elbert Kuhn que estava
viajando também retornou a Mongólia, nos recebeu carinhosamente e nos apresentando formalmente a equipe que
trabalha na Missão Adventista da Mongólia. Nos acalmou, aconselhou, animou e contou um pouquinho para nós de como estavam sendo estes anos como Missionário na Mongólia para ele. Foi algo que trouxe paz ao nosso coração e nos mostivou mais ainda para o que viria.
Na quinta-feira fomos juntos com o Pastor e a Cleidi ao aeroporto aguardar a chegada de nossos Amigos e parceiros de Missão Pr Yure, Laís e Kauai, agora era um encontro Brasileiro em terras Mongóis.
Na quinta-feira fomos juntos com o Pastor e a Cleidi ao aeroporto aguardar a chegada de nossos Amigos e parceiros de Missão Pr Yure, Laís e Kauai, agora era um encontro Brasileiro em terras Mongóis.
O nosso primeiro sábado na Mongólia estava chegando e a ansiedade e expectativa de conhecer a Igreja, os irmãos, ver como é a música, o programa, as roupas era muito grande. Ainda mais que amanhecemos naquela manhã com a cidade toda coberta por neve ( nevou durante a madrugada, não conseguimos ver algo esperávamos muito ).
O nosso
primeiro Culto de Sábado na Mongólia foi algo que nos emocionou muito, mesmo
não entendo a língua, a música tocou o nosso coração e sentimos a presença de
Deus naquele lugar. Já nos sentíamos parte da família de Deus na Mongólia (
sabe quando você nunca viu uma pessoa e quando a conhece parece que só estavam
longe por algum tempo... ).
Esta foi a primeira música em Mongól que ouvimos na Igreja:
Almoçamos na casa do tesoureiro da Missão o
Jorge ( que é português ) e conhecemos sua linda família, lá também estava a
família do Josué ( boliviano ) Diretor da ADRA Mongólia, conhecemos a Rebeca (
Peruana ) e seu namorado Jason ( Indiano
), além de alguns irmãos Americanos que estavam de passagem e nós brasileiros.
Assim foi nosso primeiro almoço comunitário abaixo de zero... kkkkk
Ainda tivemos a oportunidade de caminhar sobre
um rio congelado naquela tarde, que experiência única.
E assim foi um pouquinho da nossa primeira
semana Abaixo de Zero ( quase congelados )... não posso esquecer de falar que
dentro do nosso quarto, na igreja, na missão e em locais fechados existe um
sistema de aquecimento, e tudo fica muito quentinho, mas, na rua... nossa!
Ah! Estavam quase me esquecendo... E a mala?
Bom... O Pr. Elbert e alguns irmãos já haviam
nos avisado que realmente pela empresa que havíamos viajado era bem comum
perderem-se malas e nunca mais achá-las. E ainda mais que empresa ficou de
ligar para dar informações se tivessem novidades. O Bazarsad ficou em
contato com eles durante a semana e nada, e ele já nos preparava para não reavermos
nossa mala.
Contudo... Deus está no Comando! E quando ele
quer, nada é impossível... Conseguimos nossa mala de volta e todos os nossos
pertences, sem tirar “uma agulha” se quer.
Isto é só o começo... Aguardem!
Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.